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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta segunda-feira a realização “em um futuro próximo” de exercícios nucleares, em resposta às declarações dos governantes de potências ocidentais sobre a possibilidade de envio de soldados à Ucrânia.
O Ministério da Defesa russo anunciou em um comunicado, publicado no Telegram, a organização de exercícios “para o treinamento da preparação e uso de armas nucleares não estratégicas”.
A nota acrescenta que a medida foi tomada “por instrução do comandante-em-chefe supremo das Forças Armadas da Federação Russa”, o presidente Vladimir Putin.
O treinamento pretende “manter a preparação” do Exército, após as “declarações provocadoras e ameaças de alguns governantes ocidentais contra a Rússia”, afirmou o ministério.
Os exercícios incluirão a Aeronáutica, a Marinha e as Forças do Distrito Militar do Sul, que têm sede muito perto da Ucrânia e abrangem as regiões ucranianas que Moscou alega ter anexado.
A data e o local dos exercícios não foram revelados.
Desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022, Putin menciona a possibilidade de recorrer às armas nucleares.
Em outubro do ano passado, a Rússia anunciou que Putin supervisionou lançamentos de mísseis balísticos durante manobras militares que pretendiam simular um “ataque nuclear em larga escala” por parte de Moscou.
O Kremlin afirmou que os exercícios são uma resposta às declarações de líderes das potências ocidentais sobre a possibilidade de enviar tropas à Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, denunciou que autoridades falem sobre a “intenção de enviar contingentes armados para a Ucrânia, ou seja, de colocar soldados da Otan diante das Forças Armadas russas”.
Peskov mencionou o presidente francês, Emmanuel Macron, cuja retórica chamou de “muito perigosa”, assim como declarações de funcionários de alto escalão dos governos do Reino Unido e Estados Unidos.
Na semana passada, Macron, reiterou a posição sobre o possível envio de tropas à Ucrânia, que já havia mencionado em fevereiro.
“Se os russos conseguirem romper as linhas da frente, se houver um pedido ucraniano – o que não é o caso hoje – deveríamos levantar legitimamente a questão”, disse o presidente francês.